Alguns bons artistas andam devendo novos trabalhos, canções inéditas, inovações, enfim. Não vou mencionar aqueles que já partiram dessa para uma melhor, até porque seria um desaforo, mas tem gente que faz tempo que encostou o burrinho numa sombra e lá ficou.
Damien Rice – Último álbum de “novas” lançado em 2006 trouxe um trabalho consistente. O clima depressivo das músicas parece ter se intensificado com o passar do tempo. Além disso, fez uns bons shows quando esteve no Brasil, no início de 2009. Mas parou aí. Já tá na hora de acordar e compôr de novo.
Chico Buarque – Olha, não sei dizer quando foi a última vez em que fez um disco de inéditas, que nem nos bons tempos de ditadura militar (“bons tempos” não foi direcionado ao regime, e sim à inspiração do compositor). Ele que é disparado um dos melhores letristas brasileiros parece que perdeu o jeito com o fim da ebulição política brasileira das décadas de 60 a 80.
Los Hermanos e Foo Fighters – Resolvi colocá-los no mesmo parágrafo porque o chamado “chove e não molha” não engana mais ninguém. Ou as bandas terminaram de vez, ou ainda estão juntos. Esse papo de hiato para um possível retorno dentro de alguns anos não cola mais. Ambos estão devendo.
The Strokes – Faz uns bons anos que tenho ouvido histórias do tipo “eles já terminaram de compôr, agora vão começar a gravar. Pois é. Gravações bem longas. Mas vale uma menção honrosa para Fab Moretti e Julian Casablancas que desenvolveram bons projetos paralelos nesse período de vacas magras. Último álbum foi o First Impressions of Earth, também de 2006.
Menções honrosas: Dave Matthews Band, que ficou um bom período lançando apenas álbuns ao vivo (aliás, excelentes discos, mas enfim). Ben Harper, que mantém uma boa regularidade e a cada trabalho se supera e vai além. E, por fim, John Mayer. Há pouquíssimo tempo voltou a produzir um disco de inéditas. Devo confessar que ainda não o ouvi, mas assim que o fizer, venho postar as impressões.