Direção de Cameron Crowe em um filme honesto. Principalmente no que tange à trilha sonora. Trata-se da história do engravatado Drew Baylor, interpretado por Orlando Bloom (Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe) de forma convincente, que tem carreira profissional simplesmente devastada por um fracasso nas vendas de um tênis, cujo modelo foi desenvolvido durante meses de esforços. Ao ver sua obra encalhada nas prateleiras e ter de encarar um fiasco comercial, opta por dar fim a todo o seu sofrimento. Com a faca apontada para o peito, o telefone toca. Ele atende e descobre que seu pai faleceu. Lição do dia: Tudo sempre pode ficar pior.
Então, Drew embarca para a pacata cidade de Elizabethtown, no Kentucky, onde seu pai será sepultado. No caminho, conhece Claire Colburn, personagem de Kirsten Dunst (Homem-Aranha e Maria Antonieta), uma comissária de bordo por quem acaba se apaixonando. Pois é. Comédia romântica é assim mesmo. Por isso que o amor é bonito. O elenco ainda conta com algumas figurinhas carimbadas como Alec Baldwin, Susan Sarandon e Jessica Biel.
Mas o melhor de tudo mesmo é a trilha sonora. De primeira. Uma mistura de pop, instrumental, rock e folk. Os destaque ficam por conta do impagável Tom Petty com seus Heartbreakers, que emplacaram duas canções na película – Square One e It’ll All Work Out. Ainda é possível curtir um som mais tranquilo de Nancy Wilson, com 60b. Ou até mesmo a pegada texana de Let It Out (Let It All Hang Out), do The Hombres. Porém, o melhor de tudo é a excepcional My Father’s Gun, de Sir Elton John. Boa trilha para um filme apenas médio.